quarta-feira, 6 de junho de 2007

Dias sim, dias não



Confesso que há dias em que me sinto a mais péssima e sem graça do mundo. Nem um rímel e um salto alto maravilhoso são capazes de colaborar para levantar o astral. Não há dúvida que este dia é só uma fase ruim e com passagem marcada para outras viagens a qual eu posso retornar.Porque, afinal sou filha de Deus, de carne e osso, a minha unha vive quebrando e meu cabelo me estressando.Um mergulho em mim, dar uma passeada no fim do poço e regressar deve ser o fim de certas angústias.Vejo que preciso buscar força interiormente e avaliar minhas idéias nestes instantes. O período é de ficar remoendo chocolates e histórias na cabeça e como sempre o corpo leva a culpa se entupindo de porcarias.Como temos a capacidade de fazer uma pequena história virar uma enorme cheia de enredos e finais cabeludos. Como inventamos coisas onde não tem.Nada tem solução parece. Jogo-me em um sofá e peço que nenhum cristão me cobre nada, como: se eu lavei a louça, comprei o pão, não esqueci de tal coisa, entre outras. Às vezes, o próprio toque do telefone irrita. Socorro!Sou mulher, por isso!Complicada ao extremo, porém o animal racional mais sensível que há. Quem sabe um banho? A água ajuda a levar as impurezas para o ralo do banheiro. Corpo lavado, alma meia-boca. Uma tática, um papo com uma amiga, como auxilia.Resolver 100%, não. Conversas através de diversos ângulos e com muitas fórmulas. Na verdade, receita para os problemas só no papel e por ali permanece. Penso, mergulho horas, dia ou dias e retorno outra mulher que nem um rímel necessito, apenas eu mesma. Era uma questão de esvaziar o lixo entulhado em mim e refletir sobre a vida profissional, amorosa, espiritual. Pronta para outra.

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